A liderança no campo da psicologia social e do comportamento organizacional
tem sido temas de diversas pesquisas, desde a década de 30. Embora houvesse
muitos livros e artigos ilustrados a boa liderança antes desse período, tais
obras eram teorias filosóficas ou sugestões com pouco ou nenhum dados para
sustentar seus pontos de vistas.
"Ate meados de 1940, permaneceu a teoria de liderança baseada na idéia
de que o líder era possuidor de certas características que tornavam mais apto
para conduzir os demais para a execução de tarefas, ao passo que os demais
cabia o papel de seguidores". (ALBUQUERQUE, 2003, p.55).
Com o passar do tempo, a pesquisa e a literatura sobre liderança
organizacional evoluíram, de teorias que descreviam traços e características
pessoais dos lideres eficazes passando por uma abordagem funcional básica que
esboçava o que os lideres deveriam fazer, chegando a uma abordagem situacional
ou contingencial, que propõe um estilo mais flexível, adaptativo para a
liderança.
Ate a década de 60, para o chefe, bastava sentar na cadeira e exercer
controles mecânicos, saber planejar, organizar, agir, controlar e corrigir. O
bom chefe era aquele que tinha o pessoal na palma da mão, ou seja, total
controle dos seus funcionários dentro da empresa. Contudo, as empresas, a
partir da década de 70, passaram a necessitar mais de contribuições
intelectuais de seus funcionários. Principalmente nos fins dos anos 80, com a
evolução da concorrência, criou-se a necessidade de ter nas empresas funcionários
mais dedicados. O novo bom chefe, agora chamado de líder, é aquele que consegue
estimular os funcionários, "vender" os objetivos à equipe, e
favorecer um bom clima no ambiente de trabalho.
Formulação do Problema
Segundo
MARCONI E LAKATOS, (2011, p 12) definem Problema como uma dificuldade teórica
ou prática no conhecimento de alguma coisa de real importância do qual se deve
encontrar uma solução.
Para
o presente trabalho levantou-se o seguinte problema de estudo:
Qual é o papel da chefia dentro das
organizações?
Objectivos
Segundo LAKATOS (2005. P. 221) objectivo
indicam o que se pretende, quais os resultados que se deseja alcançar,
estabelece uma visão global e abrangente do tema relaciona-se com o conteúdo
intrínseco quer dos fenómenos e eventos como das ideias estudadas.
Como qualquer estudo de carácter
científico, acarreta consigo objectivos, quer gerais quer específicos. Não
estando a margem desta realidade, destacamos o seguinte:
Objectivos Geral
Esta ligada a uma global do tema,
relaciona-se com o conteúdo intrínseco quer dos fenómenos e eventos quer de
ideias estudadas (LAKATOS, 2005.P.221).
·
Compreender o papel da
chefia dentro das organizações.
Objectivos específicos
Apresenta um carácter mais concreto, tem
a função intermédia e instrumental permitindo de um lado atingir o objectivo
geral e por outro aplica-lo a situação particular (LAKATOS, 2005. P.221).
·
Descrever o papel da
chefia dentro das organizações;
·
Citar o
papel da
chefia dentro das organizações.
Estrutura organizacional
Estrutura organizacional é a forma pela qual as
atividades desenvolvidas por uma organização são divididas, organizadas e
coordenadas. Num enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos (ex.: instalações),
humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos. Não existe uma
estrutura organizacional acabada e nem perfeita, existe uma estrutura
organizacional que se adapte adequadamente às mudanças. Em macroeconomia também
se usa o termo estrutura para as organizações, marcadamente para as industrias
("estrutura industrial"),ou seja, quando há grandes variações no
valor agregado industrial há a explicação de ocorrência de mudanças "estruturais"
profundas.
Chandler (1962), ao pesquisar quatro grandes empresas
americanas (DuPont, GM, Standard Oil e Sears) constatou que as respectivas
estruturas eram continuamente ajustadas às suas estratégias e pode demonstrar a
intima relação entre a estratégia e a estrutura organizacional. Para eles, a
estrutura depende das circunstâncias de cada organização em determinado
momento. Existem variáveis que contribuem para isso: a sua estratégia, o
ambiente em que opera, a tecnologia de que dispõe e as características de seus
participantes.
Outra condição muito importante: é o ambiente em que a
organização atua e que é caracterizado por três tipos:
· O ambiente estável, com pequena variação, que quando
ocorre é previsível e controlável;
· O ambiente em transformação, em que as tendências de
mudanças são visíveis e constantes;
· O ambiente turbulento, em que as mudanças são
velozes, oportunistas e, não raro, surpreendentes.
Estrutura
e Processos Organizacionais
Organização: Conjunto de pessoas que
devem juntar recursos necessários para atingir o objectivo. É uma das
principais funções da gestão. É a forma como o gestor interrelaciona as pessoas
e os recursos disponíveis da empresa, tendo em vista os objectivos que a
empresa como um todo se propõe a atingir.
Níveis: Estratégico - Presidente/Diretores Tático - Gerentes Operacional
- Supervisores Execução - Funcionários/Operários Estrutura: Forma pela qual as
atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas.
Conjunto de relações formais entre todas as pessoas que constituem uma
organização. Define funções de cada unidade da organização e os modos de
colaboração entre as diversas unidades. Conjunto de meios e recursos através
dos quais uma organização se adapta as suas atividades, resolvendo conflitos
que surgem entre a especialização e a coordenação, entre a diferenciação e a
integração. A estrutura adotada tem
influência muito grande no comportamento e nas atitudes dos trabalhadores, pois
permite responder as perguntas como: “O que esperam de mim?“, “De quem
dependo?“, “A quem vou recorrer se tiver problemas?“ A estrutura deve ser
delineada de acordo com os objetiv os e estratégias estabelecidos pela empresa.
É uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa. A
estrutura funciona como a "espinha dorsal" da organização, o
esqueleto que sustenta e articula todas as suas partes integrantes. É a
configuração dos órgãos e equipes da organização.
Benefícios de uma
estrutura adequada
Identificação das tarefas necessárias.
Organização das funções e responsabilidades. Informações, recursos e feedback
aos empregados. Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos de cada uma
das partes. Condições motivadoras. Toda
empresa tem estrutura formal e informal Formal: Deliberadamente planejada e
formalmente representada, em alguns aspectos, pelo organograma. Ênfase a
posições em termos de autoridades e responsabilidades. É estável. Sujeita ao
controle. Informal: Interação social das
pessoas, se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Usualmente,
não aparecem no organograma.
Relacionamentos não documentados e não reconhecidos oficialmente entre
os membros de uma organização que surgem inevitavelmente de acordo com
necessidades sociais. Está nas pessoas. Sempre existirão. Autoridade na
horizontal. Instável. Não está sujeita ao controle.
Sujeita a sentimentos. Líder informal.
Desenvolve sistemas e canais de comunicação.
Vantagens da estrutura informal Rapidez no processo. Complementa a
estrutura formal. Reduz a carga de comunicação do chefe. Motiva e integra as
pessoas da empresa. Desvantagem da
estrutura informal Desconhecimento das chefias.
Fatores que condicionam o aparecimento da estrutura informal: Interesses
comuns.
Objectivos
Nesse módulo você terá a oportunidade de
iniciar osestudos sobre a Estrutura e Processos Organizacionais, através
daanálise dos aspectos gerais, históricos e conceitos de EPO,compreendendo
conceitos e informações primordiais.
Satisfação e Motivação no
Trabalho
Cada vez
mais ter empregados satisfeitos e motivados dentro das empresas tornou-se algo
essencial para qualquer organização, pois é através dos mesmos que as empresas
buscarão alcançar seus objetivos perante a rivalidade do mundo dos negócios.
Estar preparada para isso é essencial para qualquer empresa, que pense em
sobreviver dentro de um mercado que a cada ano que se passa se torna mais
concorrido. Ter empregados trabalhando com alegria, dedicação, comprometimento
e orgulho dentro da empresa é saber que se têm pessoas satisfeitas, motivadas e
dispostas a dar o melhor de si em prol da empresa.
A
globalização exige modificações nos ambientes internos e externos acerca das
organizações. Externos, por causa da concorrência, das exigências de qualidade
e serviços, que pedem respostas rápidas da organização. Internos, por que os
recursos humanos são fatores de grande importância para atender as exigências
do mercado. Assim sendo, ter pessoas qualificadas, satisfeitas e motivadas com
seu trabalho torna-se algo fundamental para qualquer empresa. Para termos
pessoas motivadas e satisfeitas, dentro das organizações dependemos de vários
fatores como um salário adequado, benefícios, planos de incentivos, etc.
Justifica-se dizer que o poder da motivação pode gerar grandes resultados no desempenho
das atividades dos empregados.
A resposta
para o problema da motivação, em qualquer que seja a empresa, será
primeiramente identificar e buscar ferramentas capazes de promover a satisfação
e motivação no trabalho e, conseqüentemente, obter melhores resultados para a
empresa. Minicucci (2003, p. 228) define que a motivação humana tem várias
faces e é preciso observá-las com atenção. É importante conhecer elementos de
valor dos empregados com a finalidade de elaborar programas de pessoal voltados
para os empregados. Saber ao que as pessoas atribuem maior valor dentro de seu
ambiente de trabalho para que lhes venha a proporcionar maior motivação no
sentido positivo, é de grande importância, pois, em cima disso a empresa pode
achar melhores formas de recompensar seus empregados, assim deixando-os mais
satisfeitos e motivados. É óbvio que as pessoas têm naturezas diferentes e,
assim, o que pode ser bom para uma pessoa, pode não ser bom para outra, já que
as necessidades variam de acordo com o sujeito, o que proporciona
comportamentos diferentes.
Para Bergamini (1998, p. 12), pacotes de
incentivos adequados às expectativas e necessidades dos grupos de empregados
dentro da empresa podem ser boas opções na busca de motivar positivamente os
empregados no desempenhar de suas funções, porém, é preciso se tomar alguns
cuidados como o de definir claramente os critérios e a atribuição dos prêmios.
Isso é importante, pois pode evitar que uma ação que tinha como função motivar
o empregado positivamente acabe tendo reação contraria ao esperado, já que as
pessoas podem vir a se sentirem injustiçadas. É importante colocar que uma vez
prometido o prêmio, este não poderá ser retirado, o que se pressupõe uma
sensação de estar sendo punido. Encerro esse artigo com uma citação de Moacir
Moura que é Palestrante e Consultor em Varejo: As pessoas estão para serem
inspiradas e reconhecidas, não gerenciadas. Gestão se faz de estoque, conta
bancária e coisas.
Teoria das
Necessidades
Segundo a teoria de Maslow estabeleceu a conhecida
hierarquia de necessidades básicas, ilustrada na forma de pirâmide:
·
Fisiológica – Sobrevivência, alimentação, vestuário;
·
De segurança – Protecção, estabilidade no emprego;
·
Social – Aceitação, amizade, sentimento de pertencer;
·
Estima – Auto confiança, auto realização,
criatividade, auto desenvolvimento flutuante e complexo.
A simples observação do quotidiano possibilita
concluir que as necessidades imediatas não obedecem, sempre a sequência
proposta na hierarquia de Maslow. Para satisfazer a ideia às pessoas abdicam da
satisfação de necessidades de categorias inferiores. Desses ideais elas extraem
a energia para lutar até sacrificando a própria vida e de seus seguidores;
Indivíduos suportam privações de todas as ordens para preservar seus grupos de
amigos, movidos por forças poderosas de origem emocional às vezes com sérios
prejuízos físicos e psíquicos;
Liderança nas organizações
A natureza e o exercício da liderança têm sido foco de
pesquisas do homem ao longo da sua história. Bernard Bass (2007) argumenta que
"desde sua infância, o estudo da história tem sido o estudo dos líderes -
o quê e porquê eles fizeram o que fizeram". A busca do ideal do líder
também está presente no campo da filosofia. Platão, por exemplo, argumentava,
em A República, que o regente precisava ser educado com a razão, descrevendo o
seu ideal de "rei filósofo". Outros exemplos de filósofos que abordaram
o tema foram Confúcio, Lao-Tsé e Sun-Tzu, com seu "rei sábio".
A condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa
equipe que gera resultados, é chamada de liderança. É a habilidade de motivar e
influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam
voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da
organização.
Assim, o líder
diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou
atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas,
tendo autoridade de mandar e exigir obediência. Para os gestores atuais, são
necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder.
Acadêmicos argumentam que a liderança como tema de
pesquisa científica surgiu apenas depois da década de 1930 fora do campo da
filosofia e da história. Com o passar do tempo, a pesquisa e a literatura sobre
liderança evoluíram de teorias que descreviam traços e características pessoais
dos líderes eficazes, passando por uma abordagem funcional básica que esboçava
o que líderes eficazes deveriam fazer, e chegando a uma abordagem situacional
ou contingencial, que propõe um estilo mais flexível, adaptativo para a
liderança eficaz.
Nos últimos anos, boa parte dessas pesquisas e obras têm
sido criticadas por ser de escopo muito restrito, mais preocupada com a
explicação dos comportamentos de líderes face a face com seus colaboradores, ao
invés de examinar os líderes no contexto maior de suas organizações, prestando
pouca atenção ao papel da liderança organizacional em termos do tratamento da
mudança ambiental. É o processo de maior importância ao qual se deve fazer
ênfase.
Cada vez mais nos deparamos com empresas que
buscam arranjos organizacionais mais dinâmicos. Além de inovação, a flexibilidade no ambiente de trabalho traz um
aumento significativo na produtividade.
Em áreas como Tecnologia da Informação e
Marketing, essa característica já é uma tendência que deu certo. No entanto, modelos horizontais de organização não se
restringem mais a esses ramos. Devido aos benefícios que essa prática traz, empresas de diferentes nichos do mercado estão buscando a modernização para obterem mais
sucesso.
Modernizar uma empresa não é apenas investir
em recursos digitais, é, também, abandonar modelos tradicionais, avançando no mesmo ritmo que o conhecimento e, principalmente,
buscar relações mais transparentes.
Nesse sentido, a noção de chefe precisa ser substituída definitivamente pelo conceito de líder. Tal mudança é condição
básica para quem quer ter uma empresa moderna e busca o desenvolvimento de
liderança.
Um bom chefe
é aquele que consegue bons resultados, através do desempenho de sua equipe,
incentivando o crescimento e preservando a harmonia e o bem estar do grupo.
Desempenho e
bem estar, eram conceitos que até alguns anos atrás eram considerados
antagônicos, no entanto, aos poucos, felizmente, isso foi se modificando. As
empresas se humanizaram, e passaram a dirigir os holofotes para o capital
humano, assim que perceberam que são as pessoas que fazem à diferença e que
esse capital não lhe pertence, apenas está à sua disposição, enquanto for capaz
de gerenciá-lo de maneira eficaz.
O papel do chefe
é fundamental no gerenciamento do capital humano e é por esse motivo que existe
uma expectativa muito grande quanto ao desempenho desse profissional.
Nesse
contexto, o treinamento em liderança tornou-se um campo fértil do conhecimento.
Muitas pesquisas e estudos foram realizados e muitas ferramentas interessantes
foram desenvolvidas.
Dois
aspectos são comuns à maior parte dos programas de treinamento de liderança. O
primeiro, é o desenvolvimento da capacidade de enxergar cada subordinado como
uma pessoa "única", com características, expectativas, ambições,
desejos e necessidades próprias. O segundo, como consequência do primeiro, é o
entendimento de que, para cada tipo de colaborador, é necessário que se aplique
um estilo de liderança apropriado.
Percebemos
que o colaborador põe a disposição da empresa o melhor de suas potencialidades
quando está motivado, ou seja, quando percebe que o ambiente organizacional
oferece condições para que ele realize seus desejos: de ser ativo e
participativo, de poder fazer escolhas, de pertencer a um grupo em que é bem
acolhido e respeitado, de desenvolver suas competências, de realizar, de ser
reconhecido e de se sentir importante.
Numa análise
bem superficial, é possível extrair algumas dicas para que o chefe seja eficaz:
1ª - Nunca
perder o foco de suas metas "apresentar bons resultados é fundamental"
2ª - Dedicar
algum tempo para conversar com cada um de seus subordinados, para saber quais
são suas expectativas, analisar seus pontos fortes, seus pontos a desenvolver,
conversar sobre suas metas, sobre a empresa.
"é
importante que ele saiba que pode te procurar quando necessitar".
3ª - Tratar
seus subordinados como gostaria de ser tratado
"eles
são humanos (como o líder) e têm competências que podem disponibilizar para o
cumprimento das metas, casos se sintam motivados"
Liderança é
uma competência que, com bons propósitos e determinação, se desenvolve a cada
dia. Os programas de Treinamento, a literatura específica e o coaching,
aceleram esse desenvolvimento.
Os grupos nas organizações
Como já é fato consumado que a filiação a um
grupo é parte da vida de trabalho da maioria dos empregados, é preciso que o
gerente compreenda a formação, o desenvolvimento e as características dos
grupos. Eis algumas das razões mais evidentes que mostram por que a compreensão
dos pequenos grupos é importante para os administradores:
O administrador lidera grupos de
subordinados. A participação no grupo influencia a conduta e o desempenho
de seus membros. Os grupos que entram em conflito podem restringir a
realização das metas organizacionais. A influência que o grupo exerce
sobre a pessoa é diferente para cada indivíduo. Algumas pessoas podem ser
totalmente influenciadas pelo grupo, outras sofrem influência mínima ou não
sofrem influência alguma.
Cada uma destas razões para estudar e compreender
os grupos está relacionada à eficácia. Por exemplo, os grupos que entram em
conflito podem impedir o desempenho eficaz. Os administradores que ignoram a
formação, o desenvolvimento e as características dos vários grupos existentes
dentro de uma organização estão tornando seu trabalho muito mais difícil.
Não existe nenhuma definição de grupo aceita por
todos. Em vez de apresentarmos uma definição imediata, pareceu-nos mais
adequado apresentar um conjunto de definições e depois fazer uma síntese de
todas elas, síntese esta que nos possibilite uma definição abrangente do grupo.
Certamente, há muitos pontos em comum nestas definições, e é evidente que seus
autores estavam considerando os diversos aspectos dos grupos.
O grupo olhado pelo ângulo da percepção
Uma das definições baseia-se na percepção dos
membros do grupo. Afirma-se que os membros devem perceber suas relações mútuas
para que possam considerar-se um grupo. Um exemplo desse tipo de definição é o
seguinte: "Define-se pequeno grupo como sendo qualquer número de pessoas
interagindo face a face numa reunião ou numa série de reuniões, onde cada
membro recebe alguma impressão do outro, de modo que possa reagir, no momento
ou mais tarde, à outra pessoa mesmo que esta reação seja apenas a percepção de
que a outra pessoa esteve presente".
Esta definição assinala que os membros do grupo
devem perceber a existência de cada membro e a existência do próprio grupo.
O grupo visto pelo ângulo da organização
Os sociólogos consideram o grupo, primariamente,
em termos de características organizacionais. Uma destas definições é a
seguinte: "...grupo é um sistema organizado de dois ou mais indivíduos
inter-relacionados, de modo que o sistema cumpra alguma função e que haja um
conjunto de relações de papéis-padrão entre os membros e um conjunto de normas
que regule a sua função e a função de cada um dos membros".
Esta definição enfatiza algumas das características importantes dos grupos, como papéis e normas, que serão discutidas mais tarde, neste capítulo.
Esta definição enfatiza algumas das características importantes dos grupos, como papéis e normas, que serão discutidas mais tarde, neste capítulo.
O grupo visto pelo ângulo da motivação
Um grupo que fracassa ao tentar ajudar seus
membros a satisfazer suas necessidades terá dificuldade em continuar como
grupo. Os empregados que não conseguirem satisfazer suas necessidades num grupo
particular passarão a procurar outros grupos que os ajudem a satisfazer as
necessidades em questão. Essa interpretação motivacional define o grupo como: "...um
conjunto de pessoas cuja existência como conjunto é compensadora para
elas".
Como ficou indicado no último capítulo, é difícil
determinar com precisão quais facetas da organização do trabalho são
compensadoras para o indivíduo. Os problemas da identificação e verificação de
uma hierarquia de necessidades mostram os inconvenientes de se definir um grupo
em termos de motivação.
O grupo visto pelo ângulo da interação
Alguns teóricos supõem que a interação, no
sentido de interdependência, é o "núcleo mesmo" daquilo que constitui
um grupo.
Uma das definições que acentua este aspecto de
interdependência é a seguinte: "Entendemos por grupo certo número de
pessoas que se comunicam entre si, com freqüência, durante certo tempo e que
estejam em número suficientemente pequeno, de modo que cada pessoa possa
comunicar-se com todas as outras, não de maneira indireta, mas diretamente,
face a face".
Em nossa opinião, cada uma destas definições é
correta, pois apontam características importantes dos grupos. Supomos também
que, se existe um grupo numa organização, seus membros;
·
Estão motivados para nele
ingressar;
·
Percebem o grupo como uma
unidade integrada de pessoas que interagem entre si;
·
Contribuem de vários modos
para os processos grupais (isto é, algumas pessoas contribuem com mais tempo e
energia que outras, para o grupo);
·
Concordam e discordam mediante
várias formas de interação.
Portanto, para nossos fins, neste livro, o grupo
é definido como: "Dois ou mais empregados que interagem entre si, de tal
maneira que o comportamento e o desempenho de um deles é influenciado pelo
comportamento e pelo desempenho do outro".
Tipos de Grupo
Qualquer
organização tem exigências técnicas que nascem de suas metas. A realização
dessas metas requer a execução de certas tarefas e a presença de pessoas que as
executem. Como resultado disso, a maioria dos empregados participará de
determinado grupo, por causa do cargo que ocupa dentro da organização.
Chamaremos
a estes grupos de grupos formais. Por outro lado, sempre que as pessoas se
reúnem de maneira mais ou menos contínua surge uma tendência de se formarem
grupos cujas atividades podem ser diferentes das atividades da organização.
Estes grupos serão chamadas de grupos informais. Embora tal distinção seja
conveniente para o estudo dos grupos organizacionais, ambos os tipos apresentam
as mesmas características gerais.
Grupos formais
As
exigências e processos da organização levam à formação de diferentes tipos de
grupo. Existem dois tipos de grupo formal.
O
grupo de comando. Este grupo é especificado pelo organograma da empresa. O
grupo compõe-se de subordinados que dependem diretamente de um supervisor. A
relação de autoridade entre o gerente do departamento e os chefes de
departamento ou entre uma enfermeira sênior e suas subordinadas é um exemplo de
grupo de comando.
O
grupo de tarefa. O grupo de tarefa compõe-se de empregados, que trabalham
juntos para completar um projeto ou uma tarefa particular. Por exemplo, as
atividades dos escriturários de uma companhia de seguros para resolver o caso
de um acidentado são tarefas prescritas. Estas atividades provocam um trabalho
de coordenação e de comunicação entre os escriturários, se se quer que o
assunto seja tratado de maneira adequada. Estas tarefas e interações prescritas
facilitam a formação de um grupo de tarefa. As enfermeiras destinadas à sala de
emergência de um hospital constituem geralmente um grupo de tarefa, uma vez que
se exigem delas certas atividades quando se trata de um paciente.
Grupos informais
Os
grupos informais são grupamentos naturais de pessoas surgidos naturalmente nas
situações de trabalho, em resposta a necessidades sociais. Em outras palavras,
não surgem como resultado de um desígnio deliberado, mas crescem naturalmente.
Identificamos dois grupos informais específicos.
Os
grupos de interesse. Indivíduos que podem ou não ser membros de um mesmo grupo
de comando ou grupo de tarefa podem juntar-se para um objetivo comum. Os
empregados que se juntam, numa frente unificada, que se contrapõe à
administração, pedindo melhores salários, e as garçonetes, que fazem
"caixinhas em comum", são exemplos de grupos de interesse.
Observe-se, além disso, que os objetivos de tais grupos não estão relacionados
aos da organização, mas são específicos de cada grupo.
Grupos
de amizade. Muitos grupos se formam porque seus membros têm alguma coisa em
comum, como idade, crenças políticas ou traços étnicos. Estes grupos de amizade
freqüentemente estendem suas atividades e sua comunicação para fora do
trabalho.
Se
documentássemos os padrões de afiliação dos empregados, tornar-se-ia patente
que eles pertencem a numerosos grupos que, muitas vezes, se sobrepõem uns aos
outros. Fizemos uma distinção ampla entre dois grandes grupos: os grupos
formais e os grupos informais. A principal diferença entre eles é que os grupos
formais (de comando e de tarefas) são estabelecidos pela organização formal e
são meios para determinados fins, ao passo que os grupos informais (de
interesse e de amizade) são importantes em si mesmos (isto é, satisfazem às
necessidades básicas de associação).
Por Que Formamos Grupos
Os grupos formais e informais formam-se por
várias razões. Algumas dessas razões seriam as necessidades, o desejo de proximidade,
a atuação e as metas.
A satisfação das necessidades
Certos indivíduos buscam satisfação como membros
de um grupo. Formam grupo ou entram em grupo já formado, para interagir com
outras pessoas que têm valores, interesses, percepções e atitudes comuns. Esta
participação resulta num sentimento de "segurança" para os membros.
Os indivíduos diante de uma ordem ou exigência do superior procuram aceitá-las
e cumpri-las o mais das vezes. Temem resistir às exigências superiores, pois
têm medo de alguma forma de castigo. Se fossem apoiados por colegas de valor,
poderiam sentir-se seguros e resistir à administração.
Embora muitos empregados passem a participar de
determinado grupo porque este é percebido como um veículo que os ajuda a suprir
as deficiências de segurança, há também outras necessidades que os grupo pode
satisfazer. Alguns indivíduos, ao se tornarem membros de um grupo, satisfazem
as necessidades de interação social. A filiação a estes grupos possibilita a
interação entre as pessoas.
Num estudo sobre a interação social de
prisioneiros de guerra (PDG), Schein analisou o comportamento dos prisioneiros
americanos, na Guerra da Coréia e na Segunda Grande Guerra. Nos campos
nazistas, havia grandes disparidades nas condições de vida existentes entre os
prisioneiros de guerra e seus guardas. Os nazistas tratavam os prisioneiros
conforme a estrutura militar aliada e permitiam que os oficiais presos
supervisionassem os demais prisioneiros. Neste arranjo, descobriu-se que havia
pouca colaboração com os nazistas e que ocorriam muitas tentativas de fuga.
As condições dos campos de prisioneiros na Coréia
eram muito diferentes das condições existentes na Segunda Grande Guerra. Os
captores chineses partilhavam da mesma alimentação e dos mesmos remédios e
viviam em alojamentos ou tendas semelhantes às dos prisioneiros. Os oficiais
presos estavam fisicamente separados dos demais prisioneiros. Em alguns casos,
os leigos ficavam responsáveis pelos sargentos. Os grupos de prisioneiros de
guerra eram mudados continuamente de um alojamento para outro. Nestas
condições, havia frustração e moral baixo, e ocorriam poucas tentativas de
fuga.
O estudo sobre os prisioneiros de guerra fornece
orientação importante. Indica que a estrutura e a estabilidade grupal são
fatores decisivos na formação do grupo. Sem estrutura ou estabilidade
(permanência) os membros do grupo podem experimentar sentimentos de
desorganização ou frustração. Se estas conseqüências ocorrerem, o grupo como um
todo torna-se menos importante para a satisfação das necessidades sociais.
Em alguns casos, a pessoa entra no grupo para satisfazer necessidades de estima. Ela poderá julgar que determinado grupo de engenharia tenha poder, prestígio e contato com os executivos de algo nível. Decide, então, tornar-se membro deste grupo. Através de trabalho duro, de um ótimo desempenho e de outras contribuições deste tipo para a organização, a pessoa consegue entrar no grupo. A consecução da meta faz dela um membro do grupo de engenharia e ela poderá satisfazer assim suas necessidades de estima. Embora este exemplo esteja focalizando um grupo formal, podemos seguir o mesmo padrão de meio-fins (a entrada no grupo leva à satisfação de necessidades) para ingressarmos num grupo altamente informal.
Em alguns casos, a pessoa entra no grupo para satisfazer necessidades de estima. Ela poderá julgar que determinado grupo de engenharia tenha poder, prestígio e contato com os executivos de algo nível. Decide, então, tornar-se membro deste grupo. Através de trabalho duro, de um ótimo desempenho e de outras contribuições deste tipo para a organização, a pessoa consegue entrar no grupo. A consecução da meta faz dela um membro do grupo de engenharia e ela poderá satisfazer assim suas necessidades de estima. Embora este exemplo esteja focalizando um grupo formal, podemos seguir o mesmo padrão de meio-fins (a entrada no grupo leva à satisfação de necessidades) para ingressarmos num grupo altamente informal.
Proximidade e atração
A ação interpessoal pode resultar na formação de
um grupo. Duas facetas importantes da interação pessoal são a proximidade e a
atração. Por proximidade queremos dizer a distância física entre os empregados
que executam uma tarefa. O termo atração designa a atração das pessoas uma
pelas outras em razão das semelhanças de percepção, atitudes, desempenho ou
motivação.
As pessoas que trabalham muito próximas têm
numerosas oportunidades de trocarem idéias, pensamentos e atitudes sobre várias
atividades dentro e fora do emprego. Estas trocas resultam freqüentemente em
algum tipo de formação grupal. A proximidade faz que os indivíduos conheçam as
características uns dos outros. Freqüentemente, surge um grupo para manter a
interação e o interesse.
Atividades grupais
Os empregados podem ser atraídos pelo grupo
porque gostam das atividades do grupo. Esse grupo pode estar interessado em
atividades profissionais ou de recreação, atividades estas que os outros
apreciam. Aceitando as atividades grupais, o membro do grupo estará
satisfazendo suas necessidades sociais, de segurança, de estima e de
auto-realização. Assim, embora a pessoa seja atraído pelo grupo por causa das
atividades do mesmo, há também um subproduto importante dessa filiação grupal
que é a satisfação de várias necessidades.
As metas do grupo
As metas do grupo, quando claramente entendidas,
podem ser a razão pela qual os indivíduos são atraídos pelo grupo. Por exemplo,
uma pessoa pode entrar num grupo que se reúne depois do trabalho para se
familiarizar com o sistema métrico. Suponha que este sistema deva ser
implantado na organização, dentro dos próximos dois anos. A pessoa que entra
num grupo que se reúne após o trabalho acredita que a aprendizagem do novo
sistema é uma meta importante e necessária para os empregados.
Nem sempre é possível identificar as metas do
grupo. A hipótese de que os grupos organizacionais formais têm metas claras
deve ser temperada pela compreensão de que a percepção, as atitudes, a
personalidade e a aprendizagem podem distorcer as metas. O mesmo pode dizer-se
das metas dos grupos informais.
Estas são apenas algumas das numerosas razões pelas
quais as pessoas entram nos grupos. Parece que elas ingressam nos grupos porque
estes são percebidos como meios para a satisfação das necessidades. É também
evidente que as atividades e metas do grupo são fatores que atraem os seus
membros. Outra faceta importante da formação grupal diz respeito à proximidade
das pessoas umas com as outras, que é a razão da interação e da descoberta de
características semelhantes.
Desenvolvimento Grupal
Os grupos desenvolvem-se, por longo tempo, e,
provavelmente, nunca atingem um estágio em que não estejam desenvolvendo-se. O
comportamento e o desempenho dos grupos são influenciados por seu estágio de
desenvolvimento. Infelizmente, os administradores não são capazes de apontar
com exatidão o estágio de desenvolvimento do grupo e agir imediatamente para
corrigir os problemas comportamentais e de desempenho. Os grupos se desenvolvem
de maneira única ou semelhante? Apresentamos abaixo, para diferentes tipos de
grupo, dois dos muito modelos diferentes de desenvolvimento grupal. Parece que,
embora os grupos sejam diferentes, há algumas semelhanças significativas nas
explicações de desenvolvimento grupal fornecidas pelos modelos.
Desenvolvimento de um grupo de solução de problemas
Um grupo de solução de problema pode estar interessado
em programar a manutenção do equipamento, em recrutar e selecionar um novo
vice-presidente ou em decidir se deve desenvolver ou não uma nova linha de
produtos. A solução de problema é uma tarefa na qual estão envolvidos
continuamente todos os grupos formais e alguns dos grupos informais. Um dos
modelos de desenvolvimento grupal presume que os grupos de solução de problemas
procedem por meio de quatro estágios de desenvolvimento:
(1)
aceitação mútua;
(2) comunicação e tomada de decisão;
(3) motivação e produtividade;
(4) controle e organização.
Aceitação
mútua. Nos primeiros estágios da formação do grupo, os membros têm certa
relutância em comunicar-se entre si. Embora o grupo de solução de problema
tenha uma tarefa a cumprir, seus membros normalmente não gostam de expressar
opiniões, atitudes ou crenças. Essa situação assemelha-se à de um membro de uma
faculdade, no início de novo semestre. Suponha-se que o objetivo da classe seja
desenvolver e oferecer ao governo da cidade um plano de controle de tráfico. As
respostas da classe às perguntas do instrutor são desapontadoras e, em muitos
casos, inexistentes.
Comunicação
e tomada de decisão. Depois que o grupo de solução de problema atinge o ponto
da mútua aceitação, os membros passam a comunicar-se entre si, abertamente.
Essa comunicação gera maior confiança e maior interação dentro do grupo. As
discussões passam a tratar mais especificamente das tarefas de solução de
problema e do desenvolvimento de estratégias alternativas para realizá-las.
Motivação e produtividade. Este é o estágio de
desenvolvimento em que se gasta esforço para atingir as metas do grupo. Num
grupo de solução de problema, a tarefa é produzir a melhor solução. O grupo
passa a trabalhar como uma unidade cooperativa e não como uma unidade
competitiva. Controle e organização. Este é o estágio em que a filiação ao
grupo é valorizada e os membros passa a ser regulados por normas. As metas do
grupo têm precedência sobre as metas do indivíduo e cumprem-se as normas ou
aplicam-se sanções. O último tipo de sanção é o ostracismo pelo não-cumprimento
das metas ou normas do grupo. Outras formas de controle são o isolamento temporário
ou o afastamento.
Características Dos Grupos
Para
se compreender mais plenamente o comportamento grupal, é preciso levar em conta
as várias características do grupo. Algumas das características importantes dos
grupos são discutidas abaixo.
Estrutura grupal
Dentro
de qualquer grupo, surge com o tempo certo tipo de estrutura. Os membros do
grupo diferenciam-se com base em fatores tais como habilidade, agressividade,
poder e status. Cada membro ocupa uma posição no grupo. O padrão de
relacionamento entre estas posições ou cargos constitui o que chamamos de
estrutura grupal.
Os
membros do grupo avaliam cada posição em termos de seu prestígio, status e
importância para o grupo. Na maioria dos casos, há algum tipo de diferença de
status entre os cargos, de modo que a estrutura grupal é hierárquica. Os membros
esperam que o ocupante de cada cargo tenha certas atitudes durante a interação
grupal. O conjunto de atitudes esperadas, ligadas ao cargo dentro da estrutura,
constitui o que chamamos de papel do ocupante do cargo.
Na
figura anterior, apresentamos a estrutura grupal de um grupo formal de tarefas
e de um grupo de interesse informal. No grupo de tarefa, Rich Anderson tem o
status mais elevado e a maior autonomia. No grupo de interesse, Rich tem pouco
prestígio, porque sua média no jogo de boliche é baixa, quando comparada às dos
outros membros do grupo. Na organização formal, o status de Rich é
explicitamente reconhecido enquanto no grupo informal não há declaração de uma
hierarquia, mas cada membro do grupo do jogo de boliche tem consciência de que
Rich é o jogador mais fraco.
Status
Status
e cargo são tão semelhantes que estes termos são usados um pelo outro. O status
ligado a um cargo particular é normalmente uma conseqüência de certas
características que diferenciam um cargo de outro. Na figura anterior, Rich,
Eugene e Tony estavam todos em cargos de venda, mas Rich tinha mais status.
Através de alguma realização, talvez por causa de maiores vendas, ele atingiu o
status mais elevado da escala. Em alguns casos, a pessoa recebe determinado
cargo por causa do tempo de serviço, da idade ou de uma designação qualquer. O
trabalhador mais antigo pode ser reconhecido como sendo o mais eficiente do
ponto de vista técnico e assim receber o cargo de um grupo de técnicos.
As
diferenças de status exercem grande influência no padrão e no conteúdo das
comunicações do grupo. Por exemplo, há certa tendência em se dirigir a maior
parte das comunicações e seus conteúdos aos grupos de status mais elevados; o
conteúdo de tais mensagens tende a ser mais positivo do que o das mensagens que
se iniciam da pessoa de status mais alto para a de mais baixo.
Papéis
Cada
cargo, na estrutura grupal, tem, ligado a si, um papel que não é outra coisa
senão o comportamento que se espera do ocupante do cargo. Espera-se do diretor
de serviços de enfermagem de um hospital que dê assistência e controle seu
departamento. Espera-se dele, também, que siga de perto a preparação e a
aplicação do orçamento departamental. Por outro lado, espera-se do supervisor
de enfermagem que supervisione as atividades do pessoal voltado para estes
serviços específicos, como obstetras, pediatras e cirurgiões. Estes
comportamentos esperados são geralmente aceitos não só pelos ocupantes dos
respectivos cargos, como diretor e supervisor de enfermagem, mas também pelo
pessoal da enfermagem e pelos demais funcionários hospitalares.
O
papel esperado é apenas um tipo de papel. Há também o papel percebido e o papel
realizado. O papel percebido é o conjunto de atitudes e comportamentos que a
pessoa que ocupa determinado cargo acredita dever realizar. Em alguns casos, o
papel percebido pode corresponder ao papel esperado. O papel realizado é o
comportamento que a pessoa realmente leva a cabo. Portanto, pode haver três
tipos possíveis de comportamento ligado aos papéis. E há possibilidade de
conflito e frustração, resultantes das diferenças nestes três tipos de papéis.
Em grupos bastante estáveis ou permanentes, normalmente há boa concordância
entre os papéis esperado e percebido. Quando o papel realizado se desvia muito
do esperado, a pessoa pode ou aproximar-se do papel esperado ou deixar o grupo.
Os
indivíduos, por pertencerem a grupos diferentes, desempenham múltiplos papéis.
Estes múltiplos papéis geram numerosos comportamentos de papel esperado. Em
muitos casos, os comportamentos especificados pelos diferentes papéis são
compatíveis. Mas, em alguns casos, a pessoa poderá ter que desempenhar dois ou
mais papéis simultaneamente incompatíveis. Quando isto acontece, geralmente a
pessoa escolhe o papel do grupo de maior importância. Suponhamos que Tom
Jennings seja um supervisor de fábrica, que normalmente toma seu lanche com um
grupo informal, composto dos capatazes da fábrica. Estes capatazes estão muito
preocupados com a recente decisão da administração de fechar a fábrica e
realocar o pessoal. Eles passam a criticar e a ameaçar ostensivamente a
administração nas conversas durante o lanche. Finalmente, após o anúncio do
fechamento da fábrica, Tom informa ao grupo que ele já está "cheio".
Procura explicar a eles que outras organizações não realocam o pessoal:
despede-os simplesmente. Tom, em essência, preferiu desempenhar o papel do
gerente de fábrica que se identifica com a organização.
Normas
As normas são padrões partilhados pelos membros do grupo. Têm certas características importantes para os membros do grupo. Primeiro, as normas só são formadas com relação a coisas que têm significação para o grupo. Se a produção é importante, aparecerá uma norma relativa a ela. Se a ajuda dos membros de outro grupo para completar a tarefa for importante, surgirá uma norma com relação a isso. Segundo, há gradação na aceitabilidade das normas, pelos membros do grupo. Algumas normas são aceitas por todos os membros e de modo completo, outras têm apenas uma aceitação parcial. Terceiro, as normas podem ser aplicáveis a todos os membros do grupo ou apenas a alguns deles. Espera-se que cada membro se ajuste às normas de produção e só se aceita discordância verbal das diretrizes administrativas por parte dos líderes do grupo.
As normas são padrões partilhados pelos membros do grupo. Têm certas características importantes para os membros do grupo. Primeiro, as normas só são formadas com relação a coisas que têm significação para o grupo. Se a produção é importante, aparecerá uma norma relativa a ela. Se a ajuda dos membros de outro grupo para completar a tarefa for importante, surgirá uma norma com relação a isso. Segundo, há gradação na aceitabilidade das normas, pelos membros do grupo. Algumas normas são aceitas por todos os membros e de modo completo, outras têm apenas uma aceitação parcial. Terceiro, as normas podem ser aplicáveis a todos os membros do grupo ou apenas a alguns deles. Espera-se que cada membro se ajuste às normas de produção e só se aceita discordância verbal das diretrizes administrativas por parte dos líderes do grupo.
Conformidade com a norma. Uma questão importante para os
administradores é saber por que os empregados se conformam às normas do grupo.
Isto é especialmente importante quando se sabe que uma pessoa com grande
capacidade e aptidão passa a trabalhar muito abaixo de sua capacidade, para que
as normas do grupo não sejam violadas. Há quatro classes gerais de variáveis
que favorecem a conformidade às normas do grupo.
·
A personalidade dos membros
do grupo.
·
Os estímulos que evocam
respostas.
·
Os fatores situacionais.
·
As relações intragrupais.
Personalidade
é um conjunto relativamente estável de características, tendências e
temperamento formado por herança e por fatores sociais, culturais e ambientais.
Pesquisas sobre características de personalidade sugerem que as pessoas mais
inteligentes têm menor probabilidade de se conformarem às normas do que as
menos inteligentes, e as autoritárias se conformam mais que as não autoritárias.
Factores
estimulantes abrangem todos aqueles estímulos relacionados às normas às quais o
membro do grupo está conformando-se. Quanto mais ambíguo o estímulo, maior será
a conformidade às normas do grupo. Por exemplo, vamos supor que a alta
administração adote um tipo específico de entrevista para avaliação do
desempenho. O grupo de gerentes, que deve levar a cabo as entrevistas, pode
estar inicialmente inseguro quanto ao processo, devido às suas novidades e
complexidade. A falta de clareza fará que o grupo se aproxima mais dos métodos
de avaliação de desempenho antigos do que dos novos métodos elaborados pela
alta administração. Os gerentes conformam-se a uma norma imposta pelo grupo até
que o processo de entrevista se esclareça e os membros principais do grupo
passem a utilizar o método.
Os
factores situacionais referem-se a variáveis tais como tipo de pressão
exercida, grau de sucesso do grupo na realização de suas metas e grau de
identificação do membro com o grupo.
Consequências
possíveis da conformidade às normas grupais. As pesquisas sobre conformidade
têm como conclusão evidente que a conformidade é uma exigência da participação
grupal. Os membros que não se conformam às normas importantes do grupo são,
freqüentemente, punidos por este. Uma das formas de punição é isolar o
insubmisso ou ignorar sua presença. Há certas conseqüências negativas e
positivas na conformidade. Ela pode resultar em perda de individualidade e no
estabelecimento de níveis de desempenho apenas moderados. Este tipo de
comportamento pode custar caro à organização que precisa de níveis de
desempenho acima da média para permanecer competitiva.
Há
naturalmente, possíveis conseqüências positivas em se conformar os membros com
as normas do grupo. Se não houvesse conformidade, o gerente teria enorme
dificuldade ou mesmo impossibilidade em prever o comportamento do grupo. Essa incapacidade
em prever o comportamento poderia gerar insucessos administrativos, no sentido
de canalizar os esforços do grupo para a consecução de metas organizacionais.
Este, naturalmente, é um problema que deve ser enfrentado pelos administradores
de grupos formais. Eles não teriam uma maneira sistemática de prever o
comportamento, como, por exemplo, a resposta do grupo a um novo sistema de
computação ou a um novo sistema de avaliação de desempenho, se houvesse falta
de conformidade com as normas grupais.
Conclusão
Acredita-se que ao levar em consideração que as organizações deparam com a
necessidade de mudanças, como condição indispensável à sua própria
sobrevivência, elas devem descartar-se de velhas idéias de como oferecer cargos
de liderança a profissionais que atingem bons resultados, ou seja, é importante
ter nas empresas pessoas que estejam preparadas para ocupar este cargo, pois
cada vez mais esse profissional é cobrado e dependendo dele levará a empresa ao
fracasso ou ao sucesso.
E analisando as respostas dos liderados da empresa no estudo de caso
observa-se que o líder é liberal, e deixa por conta do grupo e apenas faz
sugestões, mas com está administração deixa a desejar, pois os funcionários se
sentem a vontade a fazer o que quiser e olham está atitude como negativa,
avaliando o líder sem domínio na função que exerce, e muitas vezes não sentem
confiança no que eles fazem. Deve-se então ter um treinamento específico com
estes gerentes que fazem o papel do líder, para aperfeiçoar seus conhecimentos
e também ser maleável com suas imposições para assim formar uma equipe verdadeira.
Bibliografia
ADAIR, A. Chefiar ou liderar?
Seu sucesso depende dessa escolha. 2.ed. São Paulo: Futura, 2005.
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AGUIAR, M. A. F. Psicologia
aplicada à administração: teoria, crítica e a questão ética nas
organizações. São Paulo: Excellus, 1992.
ALBUQUERQUE, Jamil. A arte de lidar com as pessoas: a inteligência
interpessoal aplicada. São Paulo: Planeta, 2003.
DRUCKER, Peter F. O líder do
futuro. São Paulo: Futura, 1996.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e
técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
KONDO, Yoshio. Motivação Humana. São Paulo: Gente,
1994.
REVISTA HSM MANAGMENT. São Paulo: HSM, ano 4, jan-ago
de 2000.
REVISTA Você S.A. São Paulo: Abril, ano 2000.
Diversas.
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